"Não existem sonhos impossíveis para aqueles que realmente acreditam que o poder realizador reside no interior de cada ser humano, sempre que alguém descobre esse poder algo considerado impossível se torna realidade". Albert Einstein

domingo, 1 de julho de 2012

É mais fácil construir crianças fortes do que reconstruir adultos quebrados

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<>Conversando com a família<>









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 Como tem sido a estruturação familiar hoje em dia? Qual o papel da família na formação do individuo? Que educação de base as crianças estão tendo na escola, onde muitas famílias acreditam estar a salvação ou o remédio para sanar a dor dessas crianças abandonadas pelo limite?
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Hoje, o excesso de razão tem feito com que os pais não tenham a convicção da correção. Os pais passam a questionar sobre o momento certo para tal correção. Quem transforma hoje as crianças em verdadeiros vencedores? Quem são os heróis e exemplos dessas crianças, que clamam por socorro?
O titulo do clássico do cinema americano Assim caminha a humanidade tem sido a desculpa mais comum entre muitos, porque, muitas vezes, eles mesmos desconhecem onde cometeram os primeiros erros.

Peca-se quando se permite que os meios de comunicação dialoguem mais com os filhos do que os próprios pais, pois, na maioria do tempo, estes estão simultaneamente presentes e ausentes.

Estuda-se tanto para criar estratégias educativas relacionadas ao limite da criança, porém, no exato momento de colocá-las em prática, pais e educadores não conseguem. Será que, os pais e educadores, inflados pelo excesso de informação sobre o assunto, seriam capazes de impor limites a essas crianças se muitos deles não tiveram.
Aprender a receber um "não" ensinará a criança que a vida nem sempre lhe dirá um "sim", evitando frustrações. Aprender a receber um "não" é aprender a dizê-lo também. A criança que aprende a receber um "não" também o dirá às drogas, ao álcool, ao sexo prematuro, à falta de respeito, à mentira. Dirá não a tudo que tentar substituir os pais.

O que chamamos de falta de limite nada mais é do que uma forma de dizer "olhem pra mim, estou aqui, me socorram". As crianças não precisam de manual para ser compreendidas, precisam de uma família compromissada. A família precisa saber que há uma enorme diferença entre criar e educar. Crianças educadas são fortes emocionalmente e fisicamente, crianças criadas são apenas fortes fisicamente e gastam essa energia de forma errônea.

Então, se o desejo da sociedade é construir homens fortes, precisamos rever nossos conceitos educacionais e travar uma batalha contra essa invasão inovadora da modernidade - em que tudo parece normal. Os pais estão perdendo os filhos para um fantasma que os assombra por muito tempo, e eles não sabem como exorcizá-lo: o fantasma da ausência.

O mundo acelerado exige que se trabalhe cada vez mais para que os filhos possam ter mais. Porém, será que apenas isso os satisfaz? Será que não seria muito mais significativo para uma criança uma conversa ao pé da cama ou um beijo de boa noite do que um celular novo?

Os complexos de um adolescente e adulto - baixa autoestima; a insegurança para dar os primeiros passos, escolher uma profissão, mudar de emprego; ou até mesmo fáceis tarefas como escolher uma roupa - serão sempre reflexo da infância sem limites. Quando percebemos que a solução para esses conflitos é o seio de uma família bem alicerçada pelo respeito, pelo amor e pelo afeto ao próximo, grandes conflitos mundiais serão solucionados, porque todos eles são de ordem pessoal. Será difícil construir uma rocha, mas colher migalhas perdidas no caminho será sempre impossível.

"Limitar é ensinar a tolerar frustrações. É prevenir para que, no futuro, uma dificuldade qualquer não se transforme em uma barreira intransponível".


Tânia Zagury

Artigo adaptado: Revista Construir Noticias -
janeiro/fevereiro 2010, páginas 28 a 30,

Por Thaís Andrade