Conversando com a Família
Para Vygotsky, os jogos e brincadeiras têm funções efetivas no
desenvolvimento da criança
Para Vygotsky, a brincadeira pode ter papel fundamental no desenvolvimento da
criança. Seguindo a idéia de que o aprendizado se dá por interações, o jogo
lúdico e o jogo de papéis, como brincar de “mamãe e filhinha” permite que haja
uma atuação na zona de desenvolvimento proximal do indivíduo, ou seja, cria-se
condições para que determinados conhecimentos e/ou valores sejam consolidados
ao exercitar no plano imaginativo capacidades de imaginar situações,
representar papéis, seguir regras de conduta de sua cultura (só a mamãe que
pode colocar a filhinha de castigo), etc.
Assim, a criança se projeta no mundo dos adultos, ensaiando atividades,
comportamentos e hábitos nos quais ainda não está preparada para tal, mas que
na brincadeira permite com que sejam criados processos de desenvolvimento,
internalizando o real e promovendo o desenvolvimento cognitivo.
Podemos considerar jogos voltados às atividades reprodutoras - com certa
relação com a memória - e voltados às atividades criadoras, relacionadas à
imaginação.
Assim, no espaço escolar, o jogo pode ser um veículo para o desenvolvimento
social, emocional e intelectual dos alunos. O professor das fases iniciais pode
– e deve -permitir a brincadeira. Entretanto, mais importante que isso é
definir os objetivos que se deseja alcançar, para que este momento seja, de
fato, significativo. “Ensinar a brincar”, de forma a mediar ações na zona de
desenvolvimento proximal é uma forma de promover o crescimento de seu aluno.
Por Mariana Araguaia