"Não existem sonhos impossíveis para aqueles que realmente acreditam que o poder realizador reside no interior de cada ser humano, sempre que alguém descobre esse poder algo considerado impossível se torna realidade". Albert Einstein

quarta-feira, 31 de maio de 2017

O Emocional, a Saúde e o Desempenho Escolar

   Vocês já pararam para pensar que a atualidade põe em destaque os problemas emocionais os quais afetam desde a infância à fase adulta? Haja vista que o número de pessoas inclusive crianças estão vivenciando o mal do século: a depressão.   
  
 Pesquisamos alguns artigos a fim de deixá-los informados, e lançar  mão de alguns meios de prevenção, posto que muitos de nós desconhecemos os seus sintomas, principalmente advindos de uma criança, as quais podem demonstrar algumas atitudes que poderemos considerar comum, ou normal, no entanto um olhar mais profissional poderia identificar algum fator Emocional patológico      desencadeado pela criança, que o apresenta com mudanças de comportamentos e emoções que                variam com  muita frequência.                      
  

   Leiam atentamente o artigo que segue, uma experiência relatada por uma professora alfabetizadora, que a discorreu  para a revista Nova Escola.

Saúde mental:  qual meu papel enquanto professora? 



Nunca se falou tanto da saúde mental e inteligência emocional das  nossas crianças e adolescentes. Muito antes de “Baleia Azul” ou  “13 Reasons Why”, eu - como muitos outros professores - venho me preocupando com isso porque nos deparamos, em sala de aula, com diversos casos e situações difíceis que revelam problemas emocionais e sofrimento de nossos alunos. Eles exigiram de mim um preparo que não tive em minha formação como professora.             


 dez anos, havia em minha turma uma menininha de sete anos que        não falava, apesar de não ter nenhum problema físico que justificasse o fato. No primeiro  momento pensei que era timidez, já que era a primeira vez que elafrequentava a  

escola e morava em zona rural, mais afastada do convívio social. Mas, ao conversar com a mãe, descobrimos que ela presenciava violência doméstica e, por isso, tinha medo de tudo. Como fiquei mal e triste com tudo aquilo! Apesar  de fazermos o pedido de encaminhamento psicológico, a mudança daquela situação dependia de muitos outros fatores que não estavam em nossas mãos. Ao que cabia a mim, em sala de aula, me desdobrei em atenção a ela (que foi alfabetizada e era excelente aluna), mas nunca ouvi sua voz, apesar de vê-la sorrindo ao  participar de nossas cantorias, sem mesmo abrir a boca. Lembrei  disso outro dia, quando ouvi um psiquiatra falar que muitas vezes é na escola,   nas aulas, que a criança encontra refúgio e segurança contra sofrimento que a cerca.                        
Ao longo da carreira, muitas situações e vivências me fizeram refletir e  chegar à   conclusão que precisamos cuidar da saúde mental. Mas qual  o meu papel  enquanto professora, no sentido de ajudar os alunos, já que não sou profissional    da área médica?   

 

           


Quando participei da SXSWEdu, em Austin (no Texas, Estados Unidos),          tive a  oportunidade de ouvir e aprender com o palestrante Ross Szabocriador de uminstituto de saúde mental que apoiou e tratou de mais de mil alunos. 15 anos   depoisele conseguiu contribuir e implantar o tema no currículo escolar criou um programa que treina e apoia os docentes nos diagnósticos dos estudantes para que sejam encaminhados aos profissionais adequados. Penso que esse é o  caminho! Que assuntopossa fazer parte da formação inicial e continuada dos professores, além dEducação emocional poder integrar os currículos escolares desde muito cedo na Educação Infantil.                
Ainda na SXSWEdu, encontrei a brasileira Tonia Casarin, mestre em Educação autora de “Tenho Monstros na Barriga”. Esse livro explora as emoções de forma clara, falando diretamente com as crianças, por meio do personagem domenino  Daniel. As crianças se identificam e é uma ótima maneira de introduzir o tema emoções e dar voz aos pequenos. 
    



Aliás, falando em pais, recomendo a eles e a todos os professores um  episódio do programa Café Filosófico, do Instituto CPFL, “Melancolia na infância”, com Julieta Jerusalinsky (que você pode acessar aqui). Como primeira reflexão, ele traz o questionamento: há lugar para a tristeza na infância?” e diz: geralmente tendemos a idealizar como uma época cheia de vivacidade em que um estado de permanente criatividade impediria qualquer manifestação de tristeza. No entanto, encontramos crianças que se sentem profundamente entediadas, sem curiosidade ou tempo para inventar diante de suas agendas cheias ao submeter às crianças a um pragmático princípio de super equipá-las parao futuro. Em uma permanente produção maníaca de ofertas de informação e de consumo, pode-se estar tirando delas algo fundamental: o encontro com um certo vazio e uma certa tristeza que fazem parte da vida e que são necessários para poder desejar e inventar. Ao querer poupá-las de toda  e qualquer tristeza podemos deixá-las assoladas pela melancolia”. Esse programa foi esclarecedor evaleu como estudo, formação e reflexsobre a infância. Recomendo!    


Artigo retirado do blog Escola da Inteligência - Augusto Cury
Postado por Cris Melo, em 31/05/217



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