"Não existem sonhos impossíveis para aqueles que realmente acreditam que o poder realizador reside no interior de cada ser humano, sempre que alguém descobre esse poder algo considerado impossível se torna realidade". Albert Einstein

quinta-feira, 11 de maio de 2017

ORIENTACÃO FAMILIAR

Saiba como ajudar na inteligência emocional dos filhos na adolescência


09/MAIO
            Cada indivíduo possui seu próprio perfil psicológico e comportamental, que faz  com      que cada um encare diferentemente as situações da vida. No processo de  amadurecimento da criança até chegar à adolescência, as mudanças hormonais, as experiências já acumuladas e a participação em variados grupos sociais torna esta uma fase delicada, mas igualmente rica. 
Nesse sentido, mais uma vez a família é chamada a oferecer suporte ao ser em formação, ajudando-o a gerenciar a nova paleta de emoções com que começa a ter contato e a inserção no mundo adulto, com as exigências e particularidades de nossa época. A hoje tão discutida (e já banalizada) inteligência emocional é o passaporte para uma existência mais feliz, equilibrada e plena de significado.
Para entender um pouco mais por que e como a família toma parte no processo de desenvolvimento dessa habilidade mestra — a inteligência emocional — prossiga a leitura!

O que é a inteligência emocional?    

Quando se fala em inteligência, de imediato pensamos em competências cognitivas,  isto é, relacionadas à construção de conhecimento e à resolução de problemas. No entanto, este é apenas um entre uma miríade de outras formas de inteligência, pouco ou nada exploradas (tampouco valorizadas) pelo paradigma educacional tradicional e a cultura em que estamos imersos. A exemplo delas, temos as ligadas à socia bilidade humana e à capacidade de lidar com as próprias emoções, as quais, associ adas a ramificações, passou-se a chamar de inteligência emocional. 
  Ela abrange a empatia, a compreensão dos sentimentos, o controle de impulsos, a        persistência diante de frustrações, a resiliência — habilidade para recuperar-se de  dificuldades ou adaptar-se a mudanças —, a automotivação e a motivação do outro.  Estas são competências que passam por um processo de amadurecimento emocio nal que deve ser encorajado desde a infância. 
Mas e quando a adolescência já chegou? É possível estimular o desenvolvimento dessa potência? Como a família pode cooperar? Passemos a 3 sugestões básicas:

Estabeleça um bom relacionamento 

O primeiro passo para trabalhar a inteligência emocional dos adolescentes é estabelecer um bom relacionamento com eles. Para isso, é importante que os familiares tenham respeito pelos jovens, colocando-se à disposição para ouvi-los e entender suas opiniões, valores e angústias, quer dizer, exercitando empatia para com eles. Sentindo-se respeitados em seus pontos de vista e contemplados no estabelecimento de normas e regras de conduta (começando pelo lar), os adolescentes tendem a  manifestar menos resistência, e a energia para a contestação da realidade é mais bem canalizada. Na prática, baixam a guarda, sentem-se reconhecidos em sua dignidade humana, o que eleva sua autoestima e solidifica sua identidade.
A partir da paciência e compreensão, a família pode criar um vínculo de confiança mais consistente com o adolescente. É fundamental que o jovem confie para que  possa considerar as orientações da família e recorrer a ela quando necessário. So bre este alicerce, o adolescente e seus familiares podem buscar, juntos, soluções para lidar com os problemas, anseios e frustrações próprios da adolescência. Isso  favorece o autoconhecimento e a capacidade de resiliência do jovem.       

 Mantenha diálogo constante 

Tendo um bom relacionamento com o jovem, a família tem a oportunidade de manter com ele um diálogo aberto, o que contribui para o seu desenvolvimento emocional e  social, já que boa parte da aprendizagem humana ocorre pela interação. A permissão para debater e questionar leva o adolescente a perceber diferentes aspectos da vida em sociedade, observando como se dão as relações entre as pessoas e se situ ar no mundo.
Além disso, o diálogo é a ferramenta central para resolução de conflitos familiares, o que a torna, em si mesma, uma habilidade que põe a inteligência emocional em exercício. É bastante comum que, na adolescência, as visões sejam divergentes das dos adultos. Em vez de reduzir essa postura a um mero caso de autoafirmação ou rebeldia sem causa — como frequentemente acontece — por meio da conversa, adolescentes e familiares têm a chance de ouvir as opiniões uns dos outros, sem a obrigatoriedade de um consenso. Eis a arte do dissenso com amor!
Dialogar, enfim, auxilia no controle dos impulsos, na prática da tolerância e na experiência da alteridade, que quer dizer estar ciente da legítima existência de um outro além de si próprio, disciplinando o instinto ancestral de encarar a diferença como ameaça. 

Equilibre liberdade com limites               


Na adolescência, é comum que os jovens sejam curiosos, envolvam-se com diver sas atividades e busquem por aceitação, expressões naturais do desenvolvimento humano. Oferecer espaço para que ele exercite sua autonomia para fazer escolhas e agir em sociedade é papel, antes de tudo, da família. 
Assim, agir no sentido de auxiliar o desenvolvimento da inteligência emocional do  adolescente é dialogar exercitando a escuta, propor limites sem imposições, encontrando um equilíbrio entre a condução segura e a liberdade para que ele experimente, erre, construa suas indagações e percepções próprias. É, enfim, amar, se tomarmos este dom em toda a sua sublime proposta de permitir que cada um se torne quem de fato é, renunciando ao hábito de buscar no outro nossa imagem e semelhança.
E você? Prepara as habilidades emocionais de seu jovem para a vida? Gostaria de gerar um saudável debate sobre este tema tão importante? Compartilhe o post em suas redes sociais!

      Av


 


 

 

       





              







     



         
                                        

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